quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Amanhece...
Todo o mundo se move na sua semi-fraqueza de semi-acordado,
sobre o chão que, com frio, ainda pede para dormir.
No ar, frio, voa o fumo leve dos carros,
qual bocejo melancólico pelo sonho da noite.
E o sol... O sol ainda o espero.
Ouço falar, longe e confortante voz.
Cheira a marezia, é porque voei...
Tudo existe, tudo se cria e estou em todo o lado.
E o sol?...
Parto para o mundo; segui a voz.
Pelas ruas corre um ar de tempo passado.
Alegres vejo saltar as cores da cidade, e lá ao fundo está;
O sol, já com vontade de entardecer, sorri:

-Ainda não é tempo de acordar, deixemo-nos
sonhar o mundo um pouco mais.