sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"E tu Maria diz.me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera de um comboio
na paragem do autocarro."

Sérgio Godinho

(onde andas? desencontramo.nos la no alto)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

De aí de longe

partilha comigo aquele silêncio confortável,
silêncio que poisa só porque o sabemos poder
ter sem razão ou mal ao mundo.

o silêncio do segundo
em que se dançou.
que lá fora nada mudou.
ninguém o achou e fez dele revolução.

não se faz pão e vinho dele, não.
não se faz música sozinho com ele, não.

não te dirá nada se não for a vontade.
o silêncio não é verdade
que se tome à letra.

silêncio soalheiro,
soprado pelo meio de ruas cheias.

(para quem já não sei chamar, para la do irreal)
(da irrealidade da sua presença)


O leve fumo de um cigarro de um homem
que absorto na sua imaginação se torna ele
próprio leve, se elevando rumo ao céu.
Essa é a pessoa que vive plenamente no seu interior,
na infinidade da sua imaginação, sem constragimentos alheios
ao seu sonho.
É ele que existe de todas as formas.

Esse é pessoa, viajante do real inexistente.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

e quando o dia de desfazer os nós chegava,
eis que surge uma daquelas obrigações que não
o seria num outro dia qualquer...
não neste...

domingo, 5 de outubro de 2008

dançando a três

três é o número da inês
é a conta que deus fez
conta? (qual conta?)

três é o número da vez
em que tudo é perfeito,
é utopia que morre no leito

três divide as valsas
danças a dois são falsas

dançamos nós, o par
e a causa de sonhar

dançamos seguindo a voz que nos guia
seja ela a música ou a alegria
de se saber em paixão (pelo mundo).

pisando o chão
dançamos o segundo que havia...

dançando a três se fez o dia.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Ai os raios de sol que escapam ao sentido da marcha das cores ausentes,
e nos dão ar de sua graça nas manhas-pores-de-sol.

vagaroso o tempo...