quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Olhando para a folha branca,
tanta frase que não sai.
Nem um riso nem um ai
se desenham pela minha mão

E eu cheio de intenção
cantaria como um poeta
a história da vida inquieta
do velho vendedor de sonhos.

Reduzo-me a ser feito
da música já bem criada,
das palavras vestidas a preceito
que me fazem correr pela estrada
do pensamento.

E eu tão lento...
Não lhes respondo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Este quarto,
esta dança,
esta guitarra,
esta luz transparente que agarra
e afaga todos os cantos.

Tão pequenos e ocupam tanto espaço
no regaço onde os levo para todo o lado.

Aqui nada existe,
tudo pode se criado.