Sem te encontrar
tudo o que digo
são palavras.
Da boca,
tão oca,
jorram para a rua.
Parecem trazer a lua no seu cantar,
mas a lua está no mesmo lugar.
Palavras sortidas,
palavras em fio,
cortadas e varridas
para o chão frio.
Chegou o meu sonho.
Deito as palavras ao ar,
não te dirão mais do que este sonho.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Reencontrei os olhos,
aqueles olhos,
os que o vento me tinha tirado.
Não os ter era pesado.
Sabes como pesa.
Teus olhos me indicam o caminho,
não viajo sozinho.
Certo é que sempre os encontro
(cada vez com mais cores)
pousados no meio das flores.
Chove
e a água lava os olhos nas minhas mãos
rega as plantas no nosso jardim.
Vejo enfim.
aqueles olhos,
os que o vento me tinha tirado.
Não os ter era pesado.
Sabes como pesa.
Teus olhos me indicam o caminho,
não viajo sozinho.
Certo é que sempre os encontro
(cada vez com mais cores)
pousados no meio das flores.
Chove
e a água lava os olhos nas minhas mãos
rega as plantas no nosso jardim.
Vejo enfim.
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