terça-feira, 17 de julho de 2007



Sem rosto dançavam e eu observava por detrás da porta.
Moviam-se suavemente pelo chão do quarto com seus pés de faz-de-conta..
Era tão natural, tão chegados estavam seus corpos de madeira envernizada.
Eu vi-os sentir, viam cores e agarravam-se pois sabiam-se únicos..
Os únicos bonequinhos capazes de sentir da mesma forma; bem talvez não exactamente igual..
Eram bonecos do meio de infinitos mais... mas dançavam a mesma valsa.
Agora sentam-se nos seus suportes a conversar em poses estranhas, à espera da próxima oportunidade para se sentirem sem
a pressão da sociedade de bonequinhos que os observam para bem e para o mal.
Venhas tu manequim envernizada de pensamento, e gostava de dançar contigo, e de sentar-me nos nossos suportes e saber se vês o vermelho como eu, como sentes o sabor da framboesa e do vento que traz o sonho

2 comentários:

Anónimo disse...

LI.RESPIREI FUNDO.
falavas para mim. de mim?

Anónimo disse...

mt bem.-..