segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Devaneios.. nao faço mais nada

Naquela, aldeia, cicatriz de betão e ferro nos "socalcados" montes à beira-douro,
Joana vivia sonhando com o mundo para lá do monte.
Olhos verdes fixando o céu por entre cabelos despenteados assim a vi um dia.
Por entre vinhas e pomares, nignguém se incomodava,
ninguém a via, e ela voava, corpo inerte encostado ao chão.
Perguntei-lhe se podia voar com ela e amedrontada fugiu,
noite passada, la estava novamente, a correr a vida sentada.
Decidi não incomodar...
Não mais a vi, talvez o vento a tenha levado para outras paragens.
Mundos, cores..

Depois descobri sons nas uvas esmagadas ao sol.
Peguei neles, limpei-os bem, coloquei-os na guitarra a secar.
Faltam as letras se juntarem.

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