terça-feira, 15 de abril de 2008

Onde o mundo se queixa
do enegrecimento da gueixa,
da tirania do homem minusculo,
eu vejo a palavra pessoa.
Pessoa, que espalha pela cidade tudo o que sabe.
Não é a toa que Fernando era pessoa.
Pessoa não é "um".
É UMA pessoa.

Viajante atarefado,
caminhando apressadamente até a algum lado
do seu sêr.
Só por viver
já caminha pela estrada suspensa do pensamento.
Com mais ou menos discernimento
vai-se vestindo com o fato que mais lhe convém.
Assume então que seus gestos são os que aquele corpo tem.
Mas aquela pessa afinal não é só uma.
É sim toda a gente e gente nenhuma.
Serpenteando pelas memórias,
cria histórias na sua caixa ferrugenta.
É pessoa.

1 comentário:

Ana P. disse...

um ser plural, mas muito singular.