quarta-feira, 15 de outubro de 2008

De aí de longe

partilha comigo aquele silêncio confortável,
silêncio que poisa só porque o sabemos poder
ter sem razão ou mal ao mundo.

o silêncio do segundo
em que se dançou.
que lá fora nada mudou.
ninguém o achou e fez dele revolução.

não se faz pão e vinho dele, não.
não se faz música sozinho com ele, não.

não te dirá nada se não for a vontade.
o silêncio não é verdade
que se tome à letra.

silêncio soalheiro,
soprado pelo meio de ruas cheias.

(para quem já não sei chamar, para la do irreal)
(da irrealidade da sua presença)

12 comentários:

Anónimo disse...

para lá do irreal o silêncio dança. embala. descansa.

Anónimo disse...

para la do irreal ela dança,
e como cansa.

que cansaço...

Anónimo disse...

Como não percebi que dança te cansa não dançarei mais aqui se não quiseres

Anónimo disse...

não falava de ti, e não era mau o cansaço, divagava sobre quem dança na imaginação sem se mover realmente

Anónimo disse...

parece um re-evocar...
um revocar daquele poema, que no 14 de agosto, lhe desenhaste com o teu coraçao.
e?

Anónimo disse...

é mais um desdobrar do dizer...
o que lhe queria dizer.
se re-evocar for continuar o que principiou, sim.

Anónimo disse...

entao acertei?
para ela?

Anónimo disse...

Quem quererá saber?
importará, na sua irrealidade?

Anónimo disse...

evidente é a verdade do "sim" que queres dizer. Verdadera é também a razao de que nao compete, a este amigo de outros tempos, saber o que está a perguntar.
Na Realidade importa ela... certamente importas tu e importam todos; mas claro, o coraçao sempre tem preferencia sobre quem mais quere.

Anónimo disse...

incondicionalmente, importa.
sem rédeas no sentir, nada mais importaria.
na sua irrealidade não importará tanto ao mundo.
apenas eu ficaria sonhando.

e quem é este amigo que me escreve e me conhece, mas eu não sinto nem sem quem é?

Anónimo disse...

nao nos conhecíamos até deixar o meu comment no teu filipado.
Vi o teu comment no blog dela e fui ver o que lhe escreveste. Depois cuando li este último poema teu, me conectava com o de 14 de agosto, e comentei o que te comentei.
Quem conheço é a menina de olhos azuis, eu...amigo de otros tempos.

Anónimo disse...

(: eu apenas lhe conheço isto que conto.
de sonhos.