domingo, 17 de janeiro de 2010

Os olhos vivem de novo, tudo

O som dos comboios que chegam e partem
podia trazer toda a viagem
para junto de mim,
mas hoje não.
Por algum razão
ou razão nenhuma.
Essas fazemos conforme a vontade,
e na verdade,
a minha razão anda perdida no chão.
E não a procuro,
ela não me ilumina o escuro
nem tira do caminho o chão duro,
só me diz em que curva da estrada irei cair.
Não me contem o que virá a seguir,
já não serei eu a vive.lo quando chegar a altura.
Não me digam que o caminho vai ser cheio de frescura,
descobrirei quando essa for a minha parte da rua.
Não faz mal que não saiba onde os pés irão doer,
poderei descansar no chão que houver.

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