quarta-feira, 27 de junho de 2007

Abraços, abraços...



Vou na rua.. Vejo a cascata de gente a descer e a desviar-se nas ruas. Correm, correm para chegar um lugar onde vao correr ainda mais;
trabalham a correr, sem um sorriso na cara, para correrem para casa onde comem uma refeição rápida para verem a correr as notícias 
para dormir um pouco,
menos a correr, pois precisam da força para correr o dia seguinte.
Momo chamava a estas pessoas os homens cinzentos. Quando passam por quem conhecem são capazes de lhes ofertar apenas um cumprimento, quando não se ficam pelo acenar de mão com um forçado sorriso, que tanto tempo poupa.
Entristece-me o facto de muita gente não ter tempo e (a)vontade para um abraço que eu gosto tanto de oferecer. Gosto tanto que não haja distâncias criadas sem propósito. Sabe mesmo bem quando alguem se sente bem com a flor ou pequeno mimo que lhe dou. 
Abraços a correr do fundo, abraços apertados...
Está Sol lá fora..
Um abraço faz muita diferença; sabe bem o contacto com alguém, a sensação
de aconchego.
Não tenho abraços hoje.. o Sol foi-se embora..

6 comentários:

Tiago Daniel disse...

Grande texto Filipe :)

Abraço

maryann_silva disse...

adorei... simplsmnt...



*

Anónimo disse...

São dois braços, são dois braços,
servem para dar um abraço.
Assim como quatro braços
servem para dar dois abraços.
E assim por aí fora,
até mais não ser a hora,
vão ser tantos os abraços,
que não vão chegar os braços,
para os abraços.

Conheces?
:)

Beijinhos*

menina de trapos disse...

o lado bom da momo, é fazer nos ver a cor no meio do cinzento.
gosto de correr sempre para mais um abraço teu. gosto que corras sempre para mais um meu.
e outro, e outro.

Anónimo disse...

Hoje também não tenho abraços...
O meu sol foi-se embora...

Se o vires por aí
Dá-lhe um abraço dos teus...
Terno como os meus...
Mas mais ainda...

Ana P. disse...

Um dia, à hora mais deliciosa, disseram-me que "o abraço é tudo" e abraçaram-me. Fiquei contente.