terça-feira, 27 de novembro de 2007

Do mindinho para a mente

O que se sente
é tão sentimentalmente complexo,
que crente sinto que consigo
escrever aquilo que vivo
no âmago do mundo onde te vejo.

O que vejo ou
o que sinto que se vê,
não encontro neste mundo porquê
nem meio digno para o comunicar.

Não, não são assuntos de amor,
daqueles que deixam a cara em rubor
e as almas inflamadas de ânsia ou rancor.
Pobres desgraçadas vítimas do ardor.

Falo dos prédios,
do mover da batuta.
De tardes outonais,
da poesia na rua.
De viagens para lá da lua,
e de tempos passados.
Os prados de ares inspirados,
as cidades às quais aspiro.

Tudo passa num suspiro,
o que sinto que em ti vejo
ou penso que se sente.
Não sei da realidade do que penso
pois irreal é o pensamento.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estás a escrever cada vez melhor.
Continua.