segunda-feira, 19 de novembro de 2007

um pássaro caído do céu

No espelho à minha frente me vejo;
Sim , sou eu, lá estão os olhos e a boca,
os movimentos por mim sentidos.
Voei e voltei, como está tudo?
Olhei e lá me vi, continuava a ser meu.
Mas espera...
Devo ser eu, a imagem está lá,
a mesma de sempre, desde a saída do ventre
materno, onde já me sonhava da mesma forma.
Formou-se a face, mudaram-se as formas,
mas senti-me sempre eu, senhor do meu mundo,
pequeno mas grande, seguro de ser quem sou
e seguro do que serei.
Nevoeiro pousou nesta serra no topo do mundo.
Descobri que pouco via neste confortável aposento
de quem vai vivendo no aconchego do seu canto.
Tentei andar para a frente e caí,
durante longos meses caí.
Pensei que morreria,
mas a terra lá em baixo me amparou.
Em trapos me levantei,
sonambulo te vi,
piei....cantei.
Vinhas de não sei onde,
conhecias não sei o quê.
Tinhas um nome,
disseste vem aqui e vê
o mimo que para ti tenho.
Deste-me um abraço
e parti para o mundo.
Sorrindo

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